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Única brasileira na carta à OMS vê zika “subestimada”; gráfico sinaliza queda

2 de junho, 2016

[vc_row][vc_column width=”1/3″][/vc_column][vc_column width=”2/3″][vcex_navbar menu=”6″ button_color=”black” font_weight=”” hover_bg=”#c7aae2″][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_single_image image=”832″][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Única brasileira na carta à OMS vê zika “subestimada”; gráfico sinaliza queda, de Fabio Leme.
Publicado originalmente por Globo Esporte.com, em 2 de junho de 2016.

Números mostram menor ação do Aedes aegypti durante meses do período olímpico e paralímpico, mas professora Debora Diniz, da UnB, defende pressão por nova sede

Nesta quarta-feira, dia 1º de junho, nasceu nos Estados Unidos o terceiro bebê com microcefalia no país. O caso voltou a ligar o alerta internacional sobre o vírus da zika. Um tema que aflige atletas e turistas a 65 dias dos Jogos do Rio, uma das cidades que sofrem com a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, responsável pela doença, além da dengue e da chikungunya. Recentemente, Pau Gasol, astro da seleção espanhola de basquete, colocou em dúvida sua vinda ao país.
Para os que defendem a manutenção da Olimpíada na cidade, o principal argumento é o período de disputa dos Jogos, já que historicamente o inverno apresenta uma redução do número de infectados. Para os opositores, existe uma epidemia que pode se agravar pelo mundo com a presença de pessoas de vários países no Brasil. Na última sexta-feira, um grupo de 150 profissionais enviou uma carta à Organização Mundial da Saúde (OMS) pedindo para que a Olimpíada seja adiadas ou que mude de sede (veja o vídeo acima). Liderados por americanos, médicos e cientistas de várias partes do mundo temem que a disseminação do vírus da zika no Rio de Janeiro tome escala global, causando uma epidemia.
Única brasileira a fazer parte do grupo de opositores, a professora Debora Diniz da Universidade de Brasília (UnB) e pesquisadora da Anis – Instituto de Bioética Direitos Humanos e Gênero – explicou os motivos que a levaram a concordar com a “Harvard Public Health Review” e assinar a carta. Preocupada principalmente em relação a mulheres gestantes, Debora não soube explicar o motivo de ter sido a única representante do país a tomar partido contra a realização do evento neste momento. Mas acredita que a Olimpíada ainda pode ser trocada de sede ou adiada caso a população entre no debate.
– Essa é uma pergunta delicada (única brasileira). Tenho poucas hipóteses, mas talvez uma possibilidade é que tenham subestimado o risco que a epidemia impõe às mulheres em idade reprodutiva. O primeiro anúncio da OMS foi de manutenção da decisão anterior de não recomendar o adiamento dos Jogos, mas o debate em torno do tema, especialmente (em âmbito) internacional, está em pleno acontecimento. A expectativa é que a sociedade civil ainda possa impulsionar uma mudança de posição da organização diante de uma epidemia de efeitos tão graves como essa – declarou Debora, por e-mail.

+ Diretor da OMS diz que zika “estará em baixa” durante Olimpíadas do Rio
Para tentar esclarecer dúvidas, o GloboEsporte.com apresenta um gráfico da ação do mosquito nos últimos 10 anos, desde 2007 (Pan-Americano) até 2016 (Olimpíada/Paralimpíada). De acordo com dados da Secretária Municipal de Saúde (SMS) do Rio de Janeiro, pouco mais de 465 mil pessoas foram infectadas nesta “década”. Os meses de março, abril e maio são os mais preocupantes. Agosto, quando acontece a Olimpíada, e setembro, a Paralimpíada, estão entre os menos graves.

De 2012 a 2014, o país tinha uma diminuição significativa no número oficial de infectados, mas no ano passado esse índice voltou a subir, assim como o nível de preocupação e inquietude. Se em 2015, 18.059 apresentaram sintomas das doenças, em 2016, foram 17.939 pessoas picadas, ainda restando seis meses para seu fim. Com 130.412 casos comprovados, o ano de 2012 foi o mais alarmante. 2014, o menos negativo (2.649).

Membro da Câmara Técnica de Ética e Pesquisa em Transplantes do Ministério da Saúde, a pós-doutorada na Universidade de Michigan, Toronto e UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) concorda com o argumento dos “pró-Olimpíada”, mas contrapõe com sua opinião.
– A afirmação não está errada, esses são meses em que se espera queda do número de infectados. Mas isso não significa eliminação do problema, especialmente em uma cidade em que há concentração importante do mosquito vetor. Os riscos, especialmente os riscos às mulheres e relacionados à transmissão vertical do vírus, não podem ser ignorados.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) respondeu e afirmou não haver necessidade de mudança de sede, mas que continuaria a monitorar a situação.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vcex_social_links social_links=”%5B%7B%22site%22%3A%22youtube%22%2C%22link%22%3A%22https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fchannel%2FUCLEnSx2zVwo3KPpCU5h64_w%22%7D%2C%7B%22site%22%3A%22facebook%22%2C%22link%22%3A%22https%3A%2F%2Fpt-br.facebook.com%2FAnisBioetica%22%7D%2C%7B%22site%22%3A%22twitter%22%2C%22link%22%3A%22https%3A%2F%2Ftwitter.com%2Fanis_bioetica%3Flang%3Dpt%22%7D%5D” style=”minimal-rounded” align=”right” size=”20″ width=”30″ height=”30″][/vc_column][/vc_row]

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