updraftplus
domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init
action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u180249597/domains/anis.org.br/public_html/wp-includes/functions.php on line 6114polylang
domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init
action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u180249597/domains/anis.org.br/public_html/wp-includes/functions.php on line 6114Publicado originalmente no PSOL
Em palestra realizada no Superior Tribunal de Justiça (STJ) na última sexta (31), o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que a criminalização do aborto é uma dramática violação dos direitos fundamentais das mulheres. O argumento do ministro possui significativa relevância para o movimento feminista e demonstra um avanço no debate sobre a inconstitucionalidade da proibição do ato.
Para Barroso, a criminalização “viola sua autonomia [da mulher] e viola a igualdade, porque se os homens engravidassem isso já teria sido resolvido há muito tempo”. O ministro afirmou, ainda, que o Estado deve promover políticas de saúde reprodutiva para evitar que seja necessário interromper a gravidez, fazendo assim com que o aborto seja “raro, mas seguro”.
“Ninguém precisa ser a favor do aborto. Todo mundo pode conservar a convicção que quiser. Mas não se pode ignorar que 500 mil mulheres fazem aborto no Brasil, e que 150 mil intercorrências ocorrem”, defendeu Barroso.
A discussão diz respeito à ação protocolada pelo PSOL e pela Anis – Instituto de Bioética no dia 7 de março, véspera do Dia Internacional de Luta das Mulheres. A ação pede que o artigo do Código Penal o qual trata sobre o aborto seja revisado de modo que respeite os direitos das mulheres previstos na Constituição. Dessa maneira, gestações de até 12 semanas poderiam ser interrompidas sem restrições e sem punição para a mulher e para os médicos que a realizam.
Segundo Gabriela Rondon, advogada e pesquisadora da Anis, o ministro reiterou a posição correta de compreender a criminalização do aborto como grave violação de direitos fundamentais das mulheres, que é também o argumento da ação. “Isso mostra que a Corte está pronta para decidir”, assegura.
Na terça-feira passada (28), a ministra do STF Rosa Weber, relatora da ação, deu cinco dias de prazo para que o Planalto, a Câmara e o Senado se manifestassem sobre o tema.