por Debora Diniz
Publicado originalmente no HuffPost Brasil
Rebeca não vai desistir. Está cansada e o tempo é curto. A gravidez é tão precoce que os médicos não recomendam exame de imagem – quase não se vê no útero o que tanto a persegue com graves acusações. Como diz Rebeca, “essas pessoas me julgam sem me conhecer“. Pior fez o Supremo Tribunal Federal (STF): julgou improcedente a liminar sem conhecer o pedido de aborto.
Rebeca não quer cometer um crime. Não quer correr risco de vida. Não quer fazer parte da estatística anual de meio milhão de mulheres que aborta em condições clandestinas e inseguras. É mãe de duas crianças, sabe o que é a maternidade, e sonha em ser colega de profissão dos ministros do STF.
Por isso, ouviu com tristeza a decisão da Ministra Rosa Weber. Juntou forças e recomeçou. Espera agora a resposta da justiça de São Paulo. Somos milhares de mulheres em vigília pela vida de Rebeca.