O livro analisa a fabricação da ideia de “ideologia de gênero”, central para a construção de um projeto de poder autoritário, antifeminista, discriminatório, reacionário e antilaico.
Esta ofensiva antigênero, articulada em bases transnacionais em favor de agendas regressivas, tem entre seus principais alvos a escola pública, a liberdade docente e a educação inclusiva e antidiscriminatória.
Os “defensores da família tradicional” atuam a partir da naturalização das relações de gênero e da estigmatização de seus adversários e apontam um inimigo a ser combatido: o “gênero”, tratado em si mesmo como uma ideologia.
Ao longo do livro, uma cuidadosa seleção de imagens é utilizada, como fotos, cartazes, desenhos, emblemas, logos, capas de livros e documentos etc. Desse modo, as imagens, mais do que ilustrar, também respaldam as análises. E mais: também contribuem para uma melhor compreensão do processo de elaboração e difusão do discurso e estratégias dos movimentos antigênero, bem como da atuação de diferentes atores sociais, das suas articulações transnacionais e, enfim, da adoção de políticas baseadas nas diretrizes desse projeto de poder reacionário.