Este artigo tem com objetivo relacionar algumas idéias de Susan Moller Okin sobre família e papéis de gênero com a trajetória de Marjane Satrapi contada em sua autobiografia intitulada Persépolis. O livro Persépolis traz o debate sobre os papéis de gênero dentro da família em uma sociedade desestruturada pela guerra e pelas mudanças culturais e religiosas que vêm em conseqüência. A história verídica de Marjane Satrapi contada em livro e em filme por ela mesma é um exemplo de como um mundo verdadeiramente justo não pode deixar de considerar a distribuição justa de papéis de gênero nas famílias, nas relações de trabalho e na educação.