O artigo tem como objetivo argumentar sobre a importância de incluir os temas gênero e sexualidade em práticas didático-pedagógicas. Resgata dados de pesquisas nacionais sobre a vivência da sexualidade e do gênero a fim de apresentar duas justificativas para a abordagem desse tema com crianças e adolescentes: por uma questão de saúde pública e para o enfrentamento de práticas sociais injustas e preconceituosas em relação à vivência do gênero e da sexualidade. Problematiza a banalização da homofobia, efeito da heteronormatividade e do binarismo de gênero, e oferece um panorama dos marcos políticos e legais que fundamentam a incorporação do gênero e da sexualidade como conteúdos didático-pedagógicos nas escolas. Afirma que o parâmetro para trabalhar esses conteúdos deve ser o da ética democrática.