Em áreas como internet, esportes, estudos acadêmicos e música não faltaram representantes da cidade em posições de destaque
por Carolina Samorano
Publicado originalmente em Metropoles
Mesmo que muita gente não veja a hora de ver 2016 pelas costas, lembrar do que foi bom é preciso. Para muitos brasilienses, foi um ano de conquistas e de deixar uma marquinha na história. No esporte, na academia ou na música.
Selecionamos cinco pratas da casa que fizeram bonito em 2016 e merecem ser lembrados ainda por muitos anos. Confira e se inspire nos talentos!
1. Caio Bonfim, atleta
O brasiliense fez história na Marcha Atlética nos Jogos Olímpicos do Rio. Na prova de 20km, surpreendeu os desacreditados e terminou na quarta colocação, a uma posição do pódio. Durante boa parte da prova, ele ficou atrás, chegando a marchar na 22ª colocação.
No quadro #minhabrasília, uma parceria do Metrópoles, ele falou sobre o preconceito com o esporte e sua história de superação. O atleta, de 25 anos, teve uma meningite na infância e precisou fazer uma cirurgia nas pernas.
2. Débora Diniz, pesquisadora
A antropóloga, pesquisadora e professora da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília foi considerada pela revista norte-americana Foreign Policy um dos 100 pensadores globais de 2016. A lista foi publicada no início de dezembro e traz o nome da docente na categoria The advocates, ao lado de personalidades engajadas na defesa de temas sociais do mundo todo.
O ano marcou para Débora o lançamento do livro “Zika: do sertão nordestino à ameaça global”, que conta a história da epidemia desde as primeiras informações sobre sua relação com a microcefalia e a posterior luta por direitos e construção de uma rede de solidariedade.
3. Helen Ramos, youtuber
A brasiliense Helen Ramos acertou quando decidiu usar o YouTube para falar sobre a maternidade sem romantismo ao criar o canal “Hel Mother”. Hoje, é assistida por mais de 70 mil pessoas e tem 32 mil inscritos no seu canal. No Facebook, 40 mil seguidores acompanham suas publicações sobre criação.
O reconhecimento “oficial” veio este mês, quando Helen foi eleita pelo Youpix uma das 30 pessoas mais influentes no ambiente digital de 2016. “O Youtube mudou a minha vida. Do desemprego, da falta de trabalho, tentando me renovar como profissional, principalmente para ganhar dinheiro, porque eu estava completamente sem sustento”, contou ao Metrópoles na época da eleição.
4. Alysson Lopes de Lima, DJ
Conhecido como DJ A, Alysson é nome popular nas festas tradicionais da capital, como Makossa, Melanina e Na Praia. Mas 2016 trouxe mais um presente para o músico: ele chegou a disputar o título de melhor do mundo no torneio Red Bull Thr3Style, no Chile. Perdeu a briga para o DJ Puffy, de Barbados.
Alysson faz em média oito shows por mês e, no tempo livre, treina no estúdio de casa, em Águas Claras. O sucesso do brasiliense tem ligação com a ascensão do hip-hop e da black music para festas de todo tipo.
“O hip-hop atingiu outras classes sociais. Isso rolou em Brasília, com a chegada das baladas ao Plano Piloto e no mundo. Sempre tem um artista do gênero no top 10 da Billboard”, ele disse ao Metrópoles.
5. Scalene e Hamilton de Holanda
O país viu nascerem novos talentos e outros tantos serem valorizados. A banda brasiliense Scalene e Hamilton de Holanda levaram o Grammy Latino.
6. Iberê Carvalho, cineasta de “O Último Cine Drive-in”
Lançado no circuito em 2015, o longa-metragem “O Último Cine Drive-in”, do brasiliense Iberê Carvalho, narra uma problemática relação entre pai e filho ambientada no último “cinema para carros” da América Latina.
O filme voltou a ser assunto em 2016, vencendo o troféu de júri popular no Prêmio Netflix. Resultado: um espaço no catálogo mundial do canal de streaming.