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Bebê índio morto

15 de janeiro, 2016

[vc_row][vc_column width=”1/3″][/vc_column][vc_column width=”2/3″][vcex_navbar menu=”6″ font_weight=””][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Em 30 de dezembro de 2015, Vitor Pinto, um bebê indígena Kaingang de 2 anos, foi assassinado por um homem branco enquanto comia no colo da mãe, Sônia. Mãe e bebê aguardavam na rodoviária de Imbituba, em Santa Catarina, enquanto o pai, Arcelino, a irmã Elionai e o irmão Jessé trabalhavam vendendo artesanato para turistas. A família havia iniciado o percurso de sobrevivência que repetia por vários verões: percorrer o litoral vendendo cestos, flechas, brincos e colares feitos ao longo do ano. Os planos eram comprar uma geladeira nova e material escolar para a filha mais velha. A morte de Vitor foi recebida com silêncio: não saímos às ruas, autoridades políticas não fizeram lamentos públicos, a grande mídia não se espantou.

Não são apenas assassinatos que fazem desaparecer crianças indígenas como Vitor. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2013, a taxa de mortalidade infantil indígena era de 43 mortes para cada mil nascidos vivos, enquanto a taxa geral no país era de 15. As doenças dos brancos chegam mais rápido às aldeias do que a assistência em saúde. Com terras invadidas e sobrevivência ameaçada, a vontade de existir também é fragilizada. Em 2014, entre os 135 casos de suicídio entre povos indígenas contabilizados pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), 53% foram de crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos.

O extermínio secular também se faz por lei. Em outubro passado, uma Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou a Proposta de Emenda à Constituição 2015/2000, que transfere do Poder Executivo para o Congresso Nacional a decisão final sobre a demarcação de terras indígenas. Se passar pelo plenário da Câmara e pelo Senado, a PEC subordinará de vez a demarcação aos interesses de elites do agronegócio, da mineração e da exploração hidrelétrica. Em dezembro, a presidenta Dilma Rousseff vetou integralmente o PL 5.944/2013, que estabelecia uma avaliação diferenciada para escolas indígenas e permitia que línguas indígenas fossem usadas nos ensinos médio, profissionalizante e superior, além do fundamental.

Vitor teve o pescoço cortado por um único homem, mas foi invisibilizado por multidões. É vida apagada e não chorada pela colonização genocida.

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