O que você exibe nos adesivos do seu carro? Talvez o tamanho da sua família, seu time do coração, uma referência religiosa ou uma preferência política. Para falar de política nos adesivos, há formatos consagrados: o número do seu candidato, “Fora Fulana”, “A culpa não é minha, eu votei em Sicrano”, um símbolo de partido. Críticos da presidenta Dilma perderam o senso do razoável: querem protestar contra o aumento da gasolina com uma imagem de estupro.
Sim, estupro. A imagem é uma montagem com o rosto da presidenta e pernas femininas abertas, colada próximo ao tanque de combustível do carro, de modo que a entrada da bomba de gasolina simula penetração. Não entendeu a relação entre preço da gasolina e estupro? Nem nós. É porque o adesivo não faz crítica política, apenas reproduz violência. É uma mensagem de ódio contra a presidenta e contra as mulheres. A política é hostil às mulheres; elas ainda são poucas em cargos eletivos, e críticas a sua atuação se confundem com sexismo. O adesivo odioso é prova disso.