Este artigo tem como objetivo compreender os efeitos da pesquisa acadêmica feminista na construção de políticas públicas, globais e locais, no Brasil contemporâneo. Parte de pesquisas realizadas por nossa equipe para refletir sobre a atuação do/da pesquisador/a na produção de conhecimento e na prática política, entendendo que é seu papel contribuir com as populações que estudou, ao buscar oferecer novas ferramentas e possibilidades que visem a melhorar a qualidade de vida de sujeitos/as subalternizados/as e também a justiça social. Refletimos aqui – a partir de nossas trajetórias nos movimentos sociais de pessoas com deficiência, LGBTTT e feministas – sobre nossa “intervenção situada” nas políticas públicas brasileiras para mulheres e LGBTTT. Temos como pano de fundo a perspectiva ética da Antropologia de “devolver” os resultados de nossas pesquisas aos grupos estudados, integrando dessa forma o paradigma da dádiva (Mauss, 2003) no campo da prática antropológica.