Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the updraftplus domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u180249597/domains/anis.org.br/public_html/wp-includes/functions.php on line 6114

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the polylang domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u180249597/domains/anis.org.br/public_html/wp-includes/functions.php on line 6114
Anis | Tortura no Ceará

Na mídia

Vozes
Notice: Trying to access array offset on value of type bool in /home/u180249597/domains/anis.org.br/public_html/wp-content/themes/anis/functions.php on line 33
style="background-image: url( )">

Tortura no Ceará

10 de fevereiro, 2016

O sistema é chamado de socioeducativo, e a Lei 12.594/2012 fala de “integração social do adolescente e a garantia de seus direitos individuais e sociais” como um de seus objetivos. Para os 865 adolescentes que cumprem medida de internação no Ceará, socioeducação tem outro significado: viver em celas superlotadas, sem colchões ou com chão constantemente molhado por infiltrações, sem escola ou atividades educativas, com alimentação precária, sem cuidados médicos para ferimentos, doenças e sofrimento mental e sem contato com a família. Profissionais do Centro de Defesa da Criança e do Adolescentes (Cedeca) cearense descrevem as frequentes rebeliões como “esperadas” diante da sobrevivência nessas condições.

A cada motim, com a chegada da polícia militar às unidades, vem junto a violência: agressões, tiros de bala de borracha, uso de gás lacrimogêneo e spray de pimenta contra meninos presos em dormitórios. A lista de práticas de tortura tem variedade: há relatos de adolescentes obrigados a ficar nus e correr em chão ensaboado — quem caísse apanharia, com cassetete e chutes. No Centro Educacional Dom Bosco, o castigo é feito na “tranca”: 12 adolescentes em cela onde cabem 2, sem banho, com um único vaso sanitário entupido, por sete dias.

As violações foram registradas em relatório recente do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), e chegaram em denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) ainda em 2015. Há mais de um mês, a CIDH emitiu resolução pedindo que o Brasil adotasse “medidas necessárias para salvaguardar a vida e a integridade pessoal de adolescentes” detidos no Ceará. Em outros termos, pediu ao Estado que pare de torturar os meninos que aprisionou.

 

Compartilhe nas suas redes!!