WhatsApp e mobilização coletiva de mulheres afetadas por zika

Desde a eclosão da epidemia de zika em 2015, a Anis – Instituto de Bioética respondeu com uma arquitetura de composição de respostas à uma crise de saúde pública. A crise também se revelou como um espelho das desigualdades no país – de gênero, raça, classe e região. Nos últimos 05 anos colocamos em prática estratégias para garantia de justiça reprodutiva a mulheres e meninas durante uma epidemia e diante de seus efeitos prolongados no pós-epidemia.

Entre as estratégias está a realização de pesquisa social a partir do acompanhamento etnográfico de mulheres afetadas por zika e suas famílias. Entendemos a produção de dados como fundamental para provocar a implementação de políticas públicas baseadas em evidências.

Fundada em 1999, Anis – Instituto de Bioética é a primeira organização não-governamental, sem fins lucrativos, voltada para a pesquisa, assessoramento e capacitação em bioética na América Latina. Com sede em Brasília, a Anis desenvolve suas atividades com uma equipe multidisciplinar de profissionais com larga experiência em pesquisa social, incidência política, litígio estratégico e projetos de comunicação sobre violações e defesa de direitos, em campos como direitos sexuais, direitos reprodutivos, deficiência, saúde mental, violências e sistemas penal e socioeducativo.

A pesquisa “WhatsApp no sertão: informação e educação em saúde para mulheres com filhos diagnosticados com a síndrome congênita do zika”  foi realizada pela Anis – Instituto de Bioética, com apoio do CNPq.