Duas mulheres trocam cartas, e uma delas está presa em uma cadeia para adolescentes. Talia é o nome escolhido por uma adolescente de dezessete anos para assinar suas cartas à Debora Diniz, antropóloga que escolheu viver na cadeia para adolescentes da capital do país seguindo a rotina de um plantão da segurança. As cartas selecionadas descortinam o encontro, desvendam os segredos e curiosidades mútuas e apresentam o passado de uma importante traficante de Brasília.
O livro é urgente em um tempo em que as cadeias crescem no país, em que se legisla a redução da maioridade penal para prender mais e gente ainda mais jovem. Talia foi presa pela primeira vez aos 14 anos, mas já perambulava pela rua desde os oito. Não teve escola ou conselho tutelar que a resgatasse da perdição do crime, do sexo por dinheiro ou da violência. Quando se tornou feroz, foi tempo de ser trancada em uma cela com direito a banho de sol contado e à escola regrada.
Após ser rejeitado por seis editoras, o livro Cartas de uma menina presa foi financiado por doações e publicado pela editora LetrasLivres, da Anis – Instituto de Bioética. Exemplares impressos do livro podem ser adquiridos com a Anis – Instituto de Bioética, com uma contribuição sugerida no valor de R$ 30,00. O valor das doações terá duas finalidades: custear o curso universitário na modalidade educação à distância para a coautora Talia, que atualmente cumpre pena em regime semiaberto na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, e permitir a produção de novas edições do livro, para fazer com que a obra chegue ainda mais longe.
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